sábado, 22 de agosto de 2009

Faleceu Morais e Castro - Nota do GI do PCP

Foto: Carasonline

Faleceu Morais e Castro

Sábado, 22 Agosto 2009

Faleceu Morais e Castro, um intelectual ao serviço da cultura e do povo português. É com profundo pesar que o Partido Comunista Português deixa a sua homenagem a um homem que lutou toda a vida e, por isso, como afirmou Bertolt Brecht, foi, é e será um dos «imprescindíveis».

Faleceu Morais e Castro, um intelectual ao serviço da cultura e do povo português.

José Armando Tavares Morais e Castro que dentro de um mês completaria 70 anos de idade, era militante do PCP, ao qual aderiu ainda muito jovem, tendo assumido altas responsabilidades de apoio à direcção do Partido antes e depois da Revolução de Abril.

Sócio fundador do Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, integrou desde a Revolução de Abril o Sector Intelectual da Organização Regional de Lisboa do PCP, de cuja direcção continuava a fazer parte. Candidato pelas listas da CDU a Lisboa nas próximas eleições autárquicas, era actualmente eleito na Assembleia de Freguesia dos Anjos.

Destacou-se pela sua actividade enquanto advogado e grande figura da cultura portuguesa. Nas artes do espectáculo, Morais e Castro estreou-se profissionalmente no Teatro do Gerifalto. Passou pelo grupo Cénico de Direito e integrou o Teatro Moderno de Lisboa. Em 1968, é co-fundador do Grupo 4 no Teatro Aberto. Representou autores como Peter Weiss, Bertolt Brecht, Max Frisch, Peter Handke e Boris Vian. Contracenou com Mário Viegas na peça À espera de Godot de Samuel Beckett. Em 2004, interpretou O Fazedor de Teatro com Joaquim Benite na Companhia de Teatro de Almada que lhe valeu a Menção Honrosa da Crítica.

Estreou-se no cinema com Pássaros de Asas Cortadas de Artur Ramos. Participou em programas de rádio e, estreia-se na televisão em o Rei Veado de Carlo Gozzi, realizado também por Artur Ramos. Desde então, participou em novelas e séries televisivas com grande destaque para as Lições do Tonecas.

Morais e Castro era actualmente da Direcção da Casa do Artista, do qual foi sócio fundador. O seu desaparecimento deixa a cultura portuguesa mais pobre. A sua determinação e firmeza em defesa da classe operária e dos trabalhadores radicava no seu optimismo jovial e na confiança nos ideais que defendia. É com profundo pesar que o Partido Comunista Português deixa a sua homenagem a um homem que lutou toda a vida e, por isso, como afirmou Bertolt Brecht, foi, é e será um dos «imprescindíveis».

O corpo de Morais e Castro encontra-se, a partir das 20h00 de hoje, no Palácio das Galveias em Lisboa, realizando-se amanhã, domingo, ás 15h30, o seu funeral no cemitério do Alto de São João.

22.08.2009