O PSD geriu a CML entre 2002 e meados de 2007 de acordo com objectivos e interesses que não eram os da Cidade: o PSD entregou a Cidade aos grandes interesses e aos grandes negócios – com o PS envolvido directamente nos negócios e compromissos, como foi o caso das alterações simplificadas do PDM.
A regra desse tempo foi a ausência de lei, com o PDM anulado e os planos de urbanização e de pormenor substituídos por loteamentos ilegalmente aprovados – situações que acabaram por desaguar em mais de 60 processos de investigação judiciária e, até agora, mais de uma dezena de arguidos.
As Finanças municipais foram subvertidas e a dívida triplicou num curto período.
Os Serviços foram conduzidos à inoperância, foram desarticulados e a precariedade passou a ser a regra nas admissões, imperaram o padrinhismo e o nepotismo.
PS
No actual mandato, da parte do PS houve muita propaganda mas pouca acção.
No essencial, as políticas continuam as mesmas, embora com alguma camuflagem. O caso do urbanismo é paradigmático.
Com outra roupagem, a verdade é que continua a falta de regras, o PDM é sistemática e cirurgicamente suspenso para permitir grandes lucros aos investidores à custa da qualidade de vida na Cidade.
Como temos afirmado, assiste-se hoje à multiplicação de «planos e projectos parcelares» em zonas estratégicas da cidade, como o Parque Mayer, a «Matinha» e Alcântara, por exemplo, sem que a revisão do Plano Director Municipal (PDM) esteja concluída.
A Cidade continua sem ter sido realizada a revisão do PDM.
O espaço público está miserável, abandonado e degradado, continuaram as operações de privatização de espaços em Lisboa, se não fossem travadas as tentativas de privatização de serviços, hoje a higiene urbana já teria sido concessionada a privados. Tudo, com os elevados custos para o erário publico e mesmo para a defesa do trabalho com direitos.
As dívidas foram simplesmente empurradas para o próximo mandato e para mais além.